Uma das complicações microvasculares mais comuns do diabetes é a retinopatia diabética, uma doença ocular que acomete praticamente todos os pacientes com diabetes tipo 1 e de 50 a 80% dos diabéticos tipo 2. É, também, a terceira principal causa de cegueira em adultos no Brasil.
O que é a retinopatia diabética?
A retinopatia diabética é uma doença que afeta a retina, região dos olhos onde a imagem é formada. Ela ocorre porque o elevado índice glicêmico (concentração de açúcar) no sangue danifica os pequenos vasos oculares, desencadeando microtromboses e extravasamento de substâncias que causam lesões locais e perda de visão. Ela pode ser classificada em três tipos descritos a seguir:
Retinopatia diabética não proliferativa
Pode ser assintomática ou levar ao surgimento de manchas que atrapalham a visão. Se não diagnosticada e tratada corretamente, ela evolui para a forma proliferativa.
Retinopatia diabética proliferativa
A retinopatia diabética proliferativa causa danos mais significativos à visão devido ao rompimento dos vasos da retina e de fibroses que podem ocorrer na região do vítreo, gerando hemorragias no olho e descolamento de retina com perda abrupta da visão.
Edema macular diabético
O paciente com maculopatia diabética tem muitas alterações visuais devido ao “inchaço” dessa região da retina. Com isso, ele nota o surgimento de manchas centrais, imagens com formato distorcido, embaçamento visual e redução da acuidade visual.
Principais sintomas da retinopatia diabética
Os principais sintomas relatados pelo paciente com retinopatia diabética são:
- Embaçamento visual;
- Manchas que atrapalham a visão;
- Distorção no formato das imagens;
- Perda de acuidade visual (progressiva ou abrupta).
Exames importantes para diagnóstico e acompanhamento
Todo diabético tipo 2 deve fazer consulta oftalmológica anual desde o dia em que foi diagnosticado com diabetes, enquanto os diabéticos tipo 1 podem esperar cinco anos após o diagnóstico para iniciar essa investigação anual.
Os exames oftalmológicos mais importantes são os que permitem avaliar as estruturas do fundo de olho, como a retina, a mácula, vasos sanguíneos e o nervo óptico.
Esse exame é feito no próprio consultório oftalmológico durante a consulta e permite ao médico avaliar as diferentes camadas do olho, desde a córnea até a retina. Conforme as alterações encontradas é possível descartar o diagnóstico ou solicitar exames mais específicos.
A retinografia consiste na captação de imagens fotográficas do fundo de olho em alta resolução, sendo um método eficiente para avaliar também a coróide e o próprio nervo óptico.
Outro procedimento que consiste em obter “fotografias” do fundo de olho é a angiofluoresceinografia, sendo mais voltada às alterações vasculares da retina, edema da mácula, isquemia dos microvasos e neovascularização.
Dentre todos esses exames, a tomografia de coerência óptica é o mais tecnológico, sendo que suas imagens permitem estudar detalhadamente as fibras que compõem o nervo óptico.
Opções de tratamento para a retinopatia diabética
Qualquer paciente diabético deve ter um controle glicêmico rígido para tentar retardar ou impedir a progressão da retinopatia precoce para estágios mais avançados. Porém, nos casos em que já há lesão retiniana, dois tratamentos oftalmológicos estão indicados: a fotocoagulação a laser e as injeções intravítreas.
Esse procedimento consiste na emissão de feixes de luz que induzem micro lesões na região da retina, impedindo a progressão da doença de tal forma que reduz em 95% o risco de cegueira ou de déficit visual grave no paciente com retinopatia diabética, principalmente a proliferativa.
As injeções intravítreas revolucionam o tratamento da retinopatia diabética nos últimos anos. Após a aplicação de um colírio anestésico, o oftalmologista injeta medicamentos diretamente no olho, os quais inibem o crescimento de vasos que causam a perda de visão nessa doença.
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