A expressão “sangue nos olhos” não é apenas um modo de denominar sentimentos de gana ou fúria. Na área médica e oftalmológica, essa é também uma expressão popular para a hemorragia subconjuntival, um tipo de sangramento ocular que pode ser ocasionado por diferentes fatores.

O derrame ocorre quando vasos sanguíneos se rompem na conjuntiva, uma camada fina que reveste internamente a esclera e as pálpebras. A esclera, que é o nome da parte branca dos olhos, é composta por vários vasos sanguíneos bastante frágeis.  Quando ocorre um rompimento espontâneo ou um traumatismo, o sangue é rapidamente visto na parte externa.

Em muitos casos, porém, a mancha não afeta a acuidade visual. Portanto, a maioria dos quadros é inofensivo e se desenvolve sem apresentar complicações. Mas, é importante saber diagnosticar: pode se tratar de uma hemorragia comum ou existir outro tipo de doença associada. Nesse artigo, você vai descobrir tudo que precisa sobre o famoso “sangue nos olhos”!

Quais os principais sintomas?

Essa é uma hemorragia externa, que se caracteriza por uma mancha vermelho vivo na parte branca do olho. Essa mancha pode ter formatos e tamanhos diferentes, causando ardor e irritação. Em casos mais graves, é comum o paciente sentir sensibilidade à luz (fotofobia), visão turva, embaçada, secreção nos olhos e até mesmo febre.

Dor ocular também pode ser sentida na evolução do quadro. Muitas vezes, o paciente pode ter uma doença sistêmica ou adjacente, o que aumenta as chances de um derrame ocular. Por isso, o aparecimento do sangue nos olhos pode ser um indicativo para o diagnostico de casos de hipertensão, diabetes má coagulação sanguínea e falta de vitamina K.

O que pode causar uma hemorragia subconjuntival?

O rompimento desses vasinhos sanguíneos ocorre por diferentes motivos, por isso nem sempre as suas causas são conhecidas. A hemorragia pode aparecer após uma cirurgia ocular, lesão, infecção, inflamação, trauma no olho, ou ainda durante o uso de medicamentos que deixam a espessura do sangue mais fino.

Na possibilidade de casos mais graves, pode ser em decorrência das doenças adjacentes. Mas, geralmente, o problema está associado aos esforços excessivos realizados no dia a dia. Confira quais deles podem levar à hemorragia subconjuntival: 

  • Alergias;
  • Atividade física intensa;
  • Coçar muito os olhos;
  • Espirros fortes;
  • Força excessiva para evacuar;
  • Levantamento de pesos;
  • Tosse;
  • Vômito demasiado.

Existe risco de perda visual?

Geralmente não. Apesar do incomodo e de causar um visual desagradável, o rompimento dos vasos sanguíneos não afeta a visão e nem ocasiona cegueira. Mas, quando o aparecimento da hemorragia subconjuntival se torna frequente ou a mancha é muito extensa, a visão pode sim ir afetando a qualidade visual.

Quais as principais formas de tratamento?

Em casos comuns e espontâneos, a mancha sai naturalmente em cerca de 14 dias. Mas, se for necessário, o tratamento é considerado rápido. Se a mancha for muito extensa e interferir na visão, o médico indicará colírios e corticóides.

Durante o tratamento, esforços físicos e toques próximos ao olho devem ser evitados. Como as causas do derrame podem variar, o tratamento irá depender muito do quadro do paciente.

Como evitar a hemorragia subconjuntival?

Para se prevenir, o primeiro passo é saber como está a sua saúde ocular. Se ela estiver fragilizada, ou se hemorragias forem comuns, evite excesso de medicamentos, realizar esforços, lesões e alimentos que deixem o seu sangue mais fino.

Mas, para maior segurança, o indicado é fazer uma avaliação oftalmológica periodicamente. Não corra o risco de não diagnosticar uma possível doença! Entre em contato com a Neo Oftalmo e agende já a sua consulta.