O Ceratocone está entre as principais anomalias que podem acometer os nossos olhos. Essa enfermidade de origem ainda indefinida altera o formato da córnea, trazendo grande dificuldade para enxergar e também podendo afetar a autoestima do paciente. O tratamento da doença é geralmente feito com CrossLink, implante de Anel de Ferrara ou, em casos mais graves, o transplante de córnea. Porém, existe uma alternativa mais confortável e menos invasiva: o uso de lentes esclerais. Entenda como funciona e quando usar! 

O que é Ceratocone? 

Impactando a acuidade visual e o físico do paciente, o Ceratocone se trata de uma irregularidade na curvatura da córnea, superfície frontal dos olhos. Ou seja, com o tempo, esse tecido transparente vai se projetando para fora e adquirindo um formato cônico

A córnea, principal lente do olho, passa por um processo de afinamento até lembrar o aspecto de um cone. A alteração corneana vai, aos poucos, baixando a qualidade da vista até causar lesões severas. Essa complicação ocular é mais frequente em pacientes com: 

  • Catarata
  • Esclerótica azul;
  • Síndrome de Down;
  • Síndrome de Turner;
  • Outras doenças oculares congênitas ou síndromes. 

O Ceratocone é uma doença hereditária e progressiva, mas sua causa não é totalmente conhecida. A medicina classifica a doença como multifatorial. Assim, existem coisas que podem acentuar os casos, como o mau tratamento de alergias e coçar constantemente os olhos. São sintomas do Ceratocone: 

  • Alteração frequente no grau dos óculos;
  • Comprometimento da visão noturna;
  • Olhos com formato cônico; 
  • Sensibilidade à luz; 
  • Visão dupla ou múltipla; 
  • Visualização de halos. 

Como funcionam as lentes esclerais? 

Existem, hoje, muitos tratamentos para o Ceratocone no mercado. Entretanto, a eficácia do método escolhido depende do grau e quadro do paciente. Uma alternativa bastante confortável são as lentes esclerais. Pacientes com Ceratocone possuem a região corneana muito sensível. Mas, as lentes esclerais possuem diâmetro maior, permitindo que a lente se apoie na esclera (parte branca dos olhos) ao invés da córnea. 

Sem que a região da córnea tenha contato com a lente, o paciente sente mais conforto durante o uso. Quando o quadro de Ceratocone não é tão agravado, essa opção de tratamento consegue restaurar níveis funcionais da vista, evitando um possível transplante de córnea. 

Entre os principais benefícios está a estabilidade, a boa centralização do acessório e a diminuição da sensação de corpo estranho ou olho seco. Para isso, os oftalmologistas recomendam que as lentes sejam colocadas com o auxílio de soro fisiológico para aumentar a lubrificação. 

Indicação das lentes esclerais 

As lentes esclerais podem ser de 3 tipos: mini-escleral, semi-escleral ou escleral total. Isso irá depender do seu diâmetro e do local de apoio no globo ocular. Essa solução é altamente recomendada para pacientes com casos agravados. Mas, além do Ceratocone, outras doenças podem ser corrigidas com esse tipo de lente. Veja: 

  • Afasia;
  • Altas ametropias; 
  • Degeneração marginal pelúcida; 
  • Distorções corneanas; 
  • Ectasias corneanas; 
  • Traumas oculares. 

Essas lentes também são recomendadas para pacientes com dificuldade de usar lentes convencionais.

Busque por um oftalmologista! 

O Ceratocone pode aparecer ainda no início da vida. Por isso, investigar a doença desde cedo é essencial para evitar a progressão. O diagnóstico da patologia é realizado através do exame de Biomicroscopia (exame de lâmpada de fenda), que permite a visualização das camadas oculares. 

A partir disso, moldes das lentes esclerais serão fabricados conforme o formato da córnea do paciente. Por isso, é essencial que você conte com profissionais altamente capacitados. Entre em contato com a NeoOftalmo e agende uma consulta!