A Sociedade Brasileira de Dermatologia organiza, todos os anos, a campanha Dezembro Laranja para conscientizar e educar a população acerca do câncer de pele, que representa 33% de todos os diagnósticos de câncer no Brasil. Dado que a exposição solar é o principal fator de risco para essa doença, as áreas mais expostas, como a pele do rosto, são as mais acometidas. Assim, o câncer de pele na área dos olhos é um quadro extremamente comum, principalmente entre aqueles que ao longo da vida não usaram óculos escuros, protetor solar ou chapéu como forma de proteção.
Câncer de pele na área dos olhos
O câncer de pele na área dos olhos é uma realidade entre os brasileiros e pode ser evitado com formas simples de proteção e prevenção, como o uso de protetor solar facial, óculos escuros e chapéus, o que será visto mais adiante.
É importante também se atentar ao surgimento de manchas ou lesões na região dos olhos, como pintas e verrugas, ou machucados que sangram, coçam, ardem e não cicatrizam após quatro semanas. Esse tipo de doença é mais comum em pessoas de pele e olhos claros e que trabalharam por muitos anos expostos ao sol. Esses casos devem ser prontamente investigados e, se necessário, enviados para biópsia.
Como proteger a região dos olhos?
Para evitar o surgimento de câncer de pele na área dos olhos é preciso, tal como em todo o corpo, utilizar protetor solar diariamente para proteger a pele contra a irradiação UVA e UVB.
Porém, um estudo realizado pela Universidade de Liverpool em 2017 concluiu que 14% das pessoas se esquecem de passar protetor solar na região das pálpebras e 7% se esquecem de outras regiões do rosto. Assim, como a aplicação do protetor muitas vezes é inadequada, é preciso aderir a outras formas de proteção, tais como:
- Chapéu;
- Bonés;
- Viseiras;
- Óculos escuros de qualidade certificada;
- Guarda-sol;
- Evitar exposição nos horários de sol mais intenso.
A importância dos óculos de sol
Os óculos de sol são importantes por impedirem que os raios UVA e, principalmente, UVB incidam diretamente sobre o olho e a pele adjacentes. Porém, nem todos os modelos de óculos escuros fornecem esse efeito protetor, tal como os encontrados em feiras e “camelôs”, os quais podem até mesmo prejudicar a visão e desencadear complicações diversas.
Assim, para ter certeza de que os óculos são adequados para evitar o câncer de pele na área dos olhos e outras doenças induzidas pela exposição solar, é preciso que as lentes tenham certificação de proteção contra UVA e UVB, bem como o modelo deve encaixar corretamente no rosto, impedindo a entrada de luz solar pelas laterais.
Demais riscos da exposição excessiva ao sol
Além do câncer de pele na área dos olhos e outras regiões da face, a exposição excessiva ao sol pode causar ou desencadear o surgimento de outros problemas de visão.
Um deles é o pterígio, que consiste na proliferação da conjuntiva. Conforme esse tecido se multiplica, ele “invade” a região anterior da córnea e pode cobrir a pupila, prejudicando a visão na totalidade. Além disso, a exposição à radiação UVB também pode causar um quadro chamado “pinguécula”, que consiste numa degeneração da conjuntiva nas extremidades laterais e mediais do olho. Dependendo da extensão das lesões, o tratamento deve ser cirúrgico.
Outras condições oculares que podem ser desencadeadas pela exposição ao sol, além do câncer de pele na área dos olhos, são as queimaduras da córnea (fotoceratite) e danos ao cristalino, como a catarata, causando perda progressiva de visão.
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