Retina

Como a hipertensão arterial afeta a retina

A hipertensão arterial sistêmica (HAS), mais conhecida como pressão alta, é um fator de risco muito comum entre a população mundial. Mas, você sabia que além de problemas cardíacos e cerebrais, a hipertensão arterial afeta a retina?

Sim! Especialmente quando o quadro não é devidamente tratado, é comum que doenças da retina acabem por se desenvolver. Saiba como identificar essas complicações oculares!

O que é hipertensão arterial?

A pressão alta acontece quando a força do bombeamento do sangue contra as paredes das artérias é muito forte. Além dos vasos sanguíneos, a condição afeta coração, cérebro, olhos e rins. Mas, o que caracteriza a doença?

A hipertensão é constatada quando a pressão dentro das artérias está acima de 140 por 90 mmHg. Os principais sintomas são:

Dor de cabeça;
Dor no peito;
Fraqueza;
Sangramento nasal;
Tontura;
Visão embaçada;
Zumbido no ouvido.

Como a hipertensão arterial afeta a retina?

A pressão alta gera a oclusão venosa e arterial da retina, o que pode desencadear retinopatia hipertensiva, que é a famosa degeneração macular. A oclusão venosa significa a obstrução das veias que irrigam a retina. Sendo assim, a doença pode ser aguda ou crônica. Nos casos agudos, quando não apresenta sintomas frequentes, algumas complicações oculares podem ajudar na identificação do quadro, como:

Descolamento de retina;
Edemas no disco óptico;
Hemorragias vítreas;
Manchas algodonosas.

Porém, se a doença causar quadros crônicos e constantes, então pode acontecer:

Alterações nas formações vasculares;
Aumento do reflexo dorsal arteriolar;
Cefaleia;
Estreitamento arteriolar generalizado;
Fotofobia (sensibilidade à luz);
Hemorragias vítreas;
Manchas algodonosas;
Visão turva.

Complicações oculares relacionadas à hipertensão arterial

A pressão alta afeta os vasos sanguíneos, podendo causar consequências severas. Entre elas está o desenvolvimento de doenças oftalmológicas, como a catarata e o glaucoma. A pressão intraocular, inclusive, é apontada como o principal fator desencadeante do glaucoma, doença que pode levar a cegueira irreversível.

O diagnóstico precoce é muito importante!

Apenas o diagnóstico precoce consegue evitar essas gravidades e a perda da acuidade visual. Por isso, faça os exames oftalmológicos periodicamente. As ações da hipertensão arterial pode ser diagnosticas através desses 4 procedimentos:

Mapeamento de Retina: é o principal exame para diagnóstico de oclusões vasculares, deslocamento de retina, tumores e hemorragias na retina. Através do mapeamento, é possível identificar lesões e doenças na região, especialmente as causadas por fatores sistêmicos, como hipertensão e diabetes.

Retinografia: exame essencial para acompanhar doenças, avaliando as condições de fundo do olho. É um procedimento fundamental para evitar alterações prejudiciais ou o avanço de doenças que acometem a retina.

Angiofluoresceinografia: exame específico para detecção de doenças da retina. É muito indicado para casos hemorrágicos, e é realizado através da captura de diversas fotografias do fundo do olho, com a finalidade de avaliar o fluxo sanguíneo no local.

Tomografia de Coerência Óptica: outro procedimento voltado para as mesmas condições. Em especial, é um exame indicado para diagnóstico e acompanhamento do glaucoma, por detalhar as camadas e estruturas ópticas dos olhos através de feixes de luz de alta tecnologia.

Como é funciona o tratamento?

A pressão arterial afeta a visão de inúmeras formas. Portanto, diversos tratamentos podem ser indicados para amenizar as complicações, variando de paciente para paciente, conforme as suas peculiaridades. Mas, existem dois procedimentos de alta tecnologia muito indicados para esses casos, são eles:

Fotocoagulação a Laser: o procedimento reduz a formação de vasos sanguíneos anormais que aparecem em toda região retiniana. O procedimento é realizado através da emissão de um intenso raio de luz no epitélio pigmentado da retina.

Injeções Intravítreas: as aplicações de medicamentos diretamente na retina tratam oclusões de veias, degeneração macular, membrana neovascular sub-retiniana, neovascularização intraocular e edema macular.