Bloqueando o fator de crescimento endotelial vascular A (VEGF-A), as injeções intravítreas de medicamentos se tornaram uma alternativa de tratamento para diversas doenças desenvolvidas na retina. Essas patologias geralmente são caracterizadas por vasos sanguíneos anormais ou por uma lesão que se forma na região retiniana, que é onde fica a membrana transparente responsável por dar às pessoas a percepção das imagens.
Assim, as injeções intravítreas permitem tratar oclusões de veias, degeneração macular e doenças como: membranas neovascular sub-retiniana, neovascularização intra-ocular e edema macular.
O uso de medicamentos anti-VEGF-A (Avastin, Lucentis e Macugen) revolucionou a oftalmologia nos últimos 5 anos. O procedimento é rápido e simples, durando cerca de 15 minutos. Um colírio anestésico é aplicado para realização do procedimento.
O profissional dilata a pupila e, logo depois, a aplicação da injeção é realizada diretamente no olho, liberando medicamentos específicos no vítreo, região entre a retina e o cristalino. As substâncias irão bloquear o crescimento endotelial e, consecutivamente, a proliferação de vasos sanguíneos na retina.
Indicações da injeção
O procedimento é indicado para todas as pessoas que tenham algum tipo de doença de retina. Em caso de dúvidas, consulte um oftalmologista. Apenas um profissional consegue avaliar a necessidade, de acordo com cada caso.
Orientações
Pré-operatório:
- Tenha junto um acompanhante maior de 18 anos;
- No dia da aplicação é recomendado a não utilização de maquiagem.
Pós-operatório:
- Use corretamente um colírio prescrito pelo médico durante três dias;
- Descanse e faça apenas atividades leves por três dias;
- Retome as atividades de maiores esforços depois de uma semana.
O que são doenças de retina?
Geralmente, as doenças que afetam a retina são ocasionadas por outras patologias sistêmicas, como a diabetes e hipertensão arterial. Diferentes tipos de lesões podem ocorrer, mas muitas apresentam um crescimento endotelial vascular e um aumento de líquido ocular.
A retina é uma fina camada de células que reveste a parte interna do olho e é responsável por transformar os estímulos luminosos em estímulos neurológicos.
Quando determinadas doenças se desenvolvem, podem vir a causar lesões na região retiniana e aparição de vasos sanguíneos. Por serem frágeis, esses vasos podem ocasionar sangramentos e até mesmo a perda da visão.
Membrana neovascular sub-retiniana – São vasos sanguíneos anormais que crescem em cima da retina.
Degeneração macular – Embaçamento e desgaste da vista devido à degeneração da mácula, geralmente ocasionada pelo envelhecimento.
Retinopatia diabética – Danificação dos vasos sanguíneos em decorrência do excesso de glicose no sangue.
Neovascularização intraocular – Vasos sanguíneos anormais que crescem em cima da retina, disco óptico, íris e no ângulo anterior. Comum se desenvolver quando o paciente é diabético ou tem alguma oclusão vascular.
Edema macular – É um inchaço localizado na mácula, área central da retina. Muito comum entre diabéticos não controlados.
Tratamento para doenças de retina
Além da aplicação de injeções intravítreas, existem outras formas de tratar as doenças de retina. Uma delas é a fotocoagulação por laser, que estimula a própria retina a absorver o excesso de líquido, ou sangue, presente. Mas, essa alternativa não é eficaz para todos os casos.
Por isso, existe uma diversidade de fármacos atualmente disponíveis no mercado. Entre eles estão aqueles que são diretamente aplicados nos olhos, através de injeções intravítreas. Essas são consideradas a última tecnologia para tratar esse tipo de lesão ocular.