A cirurgia de glaucoma, também chamado de trabeculectomia, é realizada quando o tratamento clínico da doença não está surtindo o efeito esperado. A intervenção tem como objetivo drenar e diminuir a pressão intraocular, que é considerada o principal sintoma da doença. Assim, lesões mais graves no nervo óptico podem ser evitadas.

Cirurgia de Glaucoma - Antes | NeoOftalmoCirurgia de Glaucoma - Depois | NeoOftalmo

O glaucoma é uma doença que afeta o nervo óptico, diminuindo a capacidade de visão e podendo até levar a cegueira. O tratamento cirúrgico é iniciado com um complexo exame oftalmológico e uma série de procedimentos pré-operatórios. Realizada à laser, geralmente, a cirurgia é feita utilizando de anestesia local e o paciente retorna ao quarto de recuperação com um curativo no olho tratado.

O método mais tradicional consiste em ampliar o canal de escoamento do humor aquoso para evitar acúmulos. A cirurgia não recupera a visão já lesada e perdida pelo paciente, ela só evita que o quadro se agrave. É um procedimento rápido e sem riscos, mas pode não ser permanente.

Indicação da cirurgia de glaucoma

A cirurgia é o último nível de tratamento para o glaucoma. Por isso, só é indicada para casos de maior gravidade, quando medicamentos e tratamentos alternativos não conseguem evitar as lesões do nervo óptico. A melhor forma de conviver com a doença é através de cuidados e da prevenção.

Orientações

Pré-operatório:

  • Vá para o hospital pronto para a internação;
  • Faça todos os exames solicitados;

  • Não se alimente nem beba água no dia, exceto em casos especiais;
  • Tenha um acompanhante maior de 18 anos.

Pós-operatório:

  • Utilize o colírio recomendado pelo médico por até 30 dias;
  • Higienize bem a região até que volte à normalidade;
  • Tome cuidado para não bater ou lesionar a região operada;
  • Continue tendo um acompanhamento médico;
  • Se tiver mais de 60 anos e histórico familiar de diabetes, hipertensão e miopia, faça acompanhamento oftalmológico anualmente.

O que é glaucoma?

Glaucoma é uma doença ocular grave que atinge o nervo óptico culminando na perda de células da retina, que são responsáveis por enviar os impulsos nervosos para o cérebro. Mesmo não existindo uma relação direta comprovada, a pressão intra-ocular é um dos principais fatores de risco para a doença. No início, seu principal sintoma é a perda da visão periférica.

Depois, o glaucoma avança e o paciente passa a vivenciar a chamada “visão tubular”, ou seja, quando apenas as imagens centrais são percebidas pelos olhos. Nessa fase, esbarrar em objetos e tropeçar se torna algo frequente. Com o passar do tempo, se a doença não for tratada devidamente, a visão irá estreitar cada vez mais. Assim, o glaucoma pode danificar permanentemente o disco óptico da retina.

Essa lesão, se não tratada, pode desencadear outros graves problemas, como: atrofia ocular e até mesmo cegueira. Uma vez que a perda da visão ocorre, o quadro passa a ser irreversível.

Tratamento para o glaucoma

Mesmo que a pressão intra-ocular não seja a única causa da doença, diminuir essa elevação é o principal tratamento. Após o diagnóstico da doença, geralmente, o uso de medicamentos será o mais indicado. O uso diário de um colírio específico é o mais recomendado. Mas, existe também o tratamento através da aplicação de laser, que busca drenar o líquido e diminuir a pressão.

A melhora do quadro após esse procedimento pode ser percebida entre quatro e seis semanas. Em caso de glaucoma pigmentário, a iridomia com laser é recomendada. Esse tipo de intervenção cria um pequeno orifício na íris, possibilitando a livre circulação do humor aquoso ao longo dessa estrutura.