A Síndrome de Down é uma condição que afeta diretamente o desenvolvimento físico e cognitivo do paciente. Atualmente, existem cerca de 300 mil pessoas portadoras de SD no Brasil, conforme um levantamento feito pelo IBGE (Instituto Brasileiro de Geografia e Estatísticas).
Infelizmente, os problemas e doenças oftalmológicas estão entre os principais desafios enfrentados. Porém, conhecer as possíveis alterações que afetam a visão facilita diagnóstico, tratamento e no acesso à uma vida de qualidade. Conheça as principais doenças oculares entre portadores de SD!
Entenda a Síndrome de Down
A Síndrome de Down é uma condição causada por uma anomalia no desenvolvimento do material genético. Neste caso, a criança possui três cromossomos 21 nas células, ao invés de dois. Naturalmente, células humanas têm 23 pares de cromossomos.
Mas, na Síndrome de Down, ocorre uma cópia extra do cromossomo 21, resultando em 47 cromossomos. A condição faz com que a criança nasça com características físicas específicas. Mas, as alterações celulares também podem afetar outras regiões e estruturas do corpo, como os olhos.
Características dos portadores de SD
A Síndrome de Down traz características físicas e cognitivas típicas. Essas alterações necessitam de acompanhamento periódico pediátrico e especializado desde o nascimento. Veja as principais características físicas:
- Baixa estatura;
- Cabelos lisos e finos;
- Dobras nas orelhas;
- Olhos puxados e amendoados;
- Mãos e pés pequenos;
- Osso do nariz rebaixado;
- Pescoço curto e largo;
- Rosto arredondado.
As características cognitivas incluem dificuldades para resolver problemas, memória de curto prazo, dificuldade no aprendizado e atrasos de desenvolvimento de modo geral.
Síndrome de Down: as alterações oftalmológicas mais comuns
De acordo com um levantamento da revista científica Clinical Experimental Optometry, crianças com SD possuem entre 50% a 80% de chances de desenvolverem problemas de visão. Mas, qual é a ligação entre a doença e as patologias oftalmológicas? A verdade é que o cromossomo extra altera também o desenvolvimento ocular.
Porém, além disso, as próprias características físicas e oculares dos portadores podem favorecer o surgimento de algumas enfermidades. Entre elas, os erros refrativos são os mais comuns, principalmente o astigmatismo e a hipermetropia. Os portadores ainda podem apresentar outros tipos patologias, como:
- Alterações retinianas;
- Ambliopia;
- Ametropias;
- Catarata congênita;
- Ceratocone;
- Blefarite;
- Epicanto;
- Lacrimejamento excessivo;
- Obstrução das vias lacrimais;
- Nistagmo.
Como funciona o diagnóstico e tratamento?
As doenças oftalmológicas podem afetar ainda mais o desenvolvimento cognitivo e social da criança, já que a visão e integração sensorial são fundamentais neste processo. Porém, a maioria destas doenças são passíveis de tratamento desde que diagnosticadas adequadamente.
O tratamento inclui medicação, uso de óculos, cirurgias ou procedimentos específicos. A alternativa correta, porém, depende de um exame clínico preciso. É fundamental que as crianças recém-nascidas com SD realizem todas as avaliações necessárias nos primeiros meses de vida.
Orientações para cuidados e familiares
O diagnóstico de doença ocular não precisa ser sinônimo de baixa qualidade de vida para o portador. Para isso, é importante que os seus cuidadores sigam essas recomendações, em alinhamento com um médico oftalmologista:
- Higienizar regularmente os olhos
- Manter dieta saudável
- Manter uma comunicação eficaz com especialistas
- Monitorar doenças correlacionadas
- Praticar exercícios oculares
- Proteger os olhos com óculos, viseiras e chapéus
- Realizar exames oftalmológicos regularmente
Esteja preparado para os casos de riscos!
Algumas alterações causadas pela Síndrome de Down não oferecem riscos para o desenvolvimento ou vida do paciente. Mas, outras devem ser acompanhadas de perto. Afinal, existem sim casos de doenças de riscos, que comprometem a acuidade visual e o desenvolvimento em níveis maiores.
A parte mais preocupante é que as doenças causadas pela alteração cromossômica nem sempre apresentarão sintomas. Por isso, a ida ao médico deve ser periódica, realizada ao menos uma vez ao ano ao longo da vida. Casos de Síndrome de Down na família? Agende uma consulta na NeoOftalmo para um acompanhamento especializado!