Olhos vermelhos, irritados e sensíveis geralmente são sintomas associados à conjuntivite. Porém, esses também podem ser indícios de outras doenças oftalmológicas menos conhecidas pela população. Esse é o caso da blefarite, enfermidade com diferentes origens que afeta a região das pálpebras. É comum que o paciente com a complicação note a pele do local descamar e resíduos parecidos com caspa se acumularem ao longo dos cílios. A blefarite é bastante recorrente, porém, nem todo mundo sabe como diagnosticar e tratar o quadro. Saiba mais sobre os sintomas e tratamento da blefarite

O que é blefarite? 

Presente em cerca de 15% dos humanos, a blefarite é uma doença infecciosa que pode causar irritações tanto na pálpebra posterior quanto anterior.  A doença leva à descamação da pele da região, a criação de resíduos nos cílios, mas, em outros casos, ao aparecimento de bolsas e bolinhas sebáceas (de gordura). 

Não contagiosa, a complicação costuma aparecer em ambos os olhos e quando não tratada pode causar lesões na pálpebra ou córnea. Por isso, é determinante entender que existem dois tipos de causas para o surgimento da blefarite

  • Bacteriana: aparece na pálpebra anterior e base dos cílios, sendo uma reação às bactérias naturais (staphylococcus) localizadas na região. Neste caso, são comuns a descamação e os resíduos nos cílios. 
  • Seborreica: esse tipo é comum na pálpebra posterior e suas margens. O problema é decorrente de uma disfunção da glândula de meibomius, alterando a secreção natural e forma pequenas bolinhas de gordura. É comum entre pessoas com a pele oleosa.

Quais são os sintomas da blefarite? 

Os sintomas da blefarite podem ser semelhantes com a conjuntivite, mas, a complicação conta com peculiaridades próprias do seu tipo de inflamação. Ao contrário da conjuntivite, a complicação não costuma apresentar secreção nos olhos.

Mas, pode sim vir acompanhada de lacrimejamento, irritação e sensibilidade ocular. Além desses sintomas, a blefarite também causa: 

  • Coceira; 
  • Dor local;
  • Inchaço;
  • Olho seco;
  • Perda de cílios; 
  • Sensação de areia nos olhos.

Além desses sintomas, a infecção ocasionada pela blefarite pode dar surgimentos a calázios ou terçóis, bolinhas duras localizadas na pálpebra. Isso ocorre devido à obstrução da glândula existente na região. 

Diagnóstico e tratamento da blefarite 

Ao contrário da bacteriana, a blefarite seborreica geralmente é crônica e não possui cura. Mas, os sintomas podem ser amenizados. Entretanto, é muito importante que o paciente não se automedique ao perceber os sintomas, julgando ser algo trivial. 

O diagnóstico preciso requer uma análise clínica do oftalmologista. Como a blefarite apresenta variações, um erro de diagnóstico pode piorar ainda mais o caso. Após a consulta e possíveis exames, o tratamento da blefarite irá variar conforme o grau da infecção

Para os casos mais graves, o uso de medicamentos como colírios específicos, pomadas, antibióticos e corticoides podem ser solicitados pelo oftalmologista. Porém, nas situações mais brandas, a melhor forma de tratar é higienizando bem o local para a remoção de bactérias e oleosidade. 

Siga essas duas recomendações para cuidar da região: 

  1. Limpeza da pálpebra: a oftalmologia recomenda limpar as pálpebras entre duas ou três vezes ao dia usando solução específica, ou shampoo neutro infantil. Assim, os resíduos devem ser removidos com água morna. 
  2. Compressas: fazer compressas com algodão umedecido em água morna ou pequenas bolsas térmicas ajudam na higienização e a amolecer a gordura localizada. Fora isso, contribui para a sensibilidade da região. Por isso, recomenda-se entre duas ou quatro compressas ao dia. 

Tenha o acompanhamento adequado! 

A blefarite pode parecer um problema comum e bastante simples de ser normalizado. Mas, lesões mal tratadas podem colocar em risco a sua acuidade visual. Por isso, procure um especialista ao perceber quaisquer sintomas infecciosos. Tire suas dúvidas, agende uma consulta na NeoOftalmo!