A cirurgia de catarata é o único tratamento eficaz para combater essa doença que afeta milhões de pessoas em todo o mundo e está entre os procedimentos mais realizados na área de saúde ocular. De acordo com a Organização Mundial da Saúde (OMS), a catarata é responsável por 51% dos casos de cegueira global, impactando cerca de 20 milhões de indivíduos.
No Brasil, surgem aproximadamente 550 mil novos casos anualmente, e mais de 500 mil cirurgias de catarata são realizadas por ano, segundo dados atualizados da Sociedade Brasileira de Oftalmologia (SBO), restituindo a capacidade visual e a qualidade de vida dos pacientes.
A cirurgia de catarata é considerada segura e eficaz, além de ser relativamente rápida, com técnicas avançadas que proporcionam uma recuperação breve e menos invasiva. Conviver com a catarata é como ter uma “névoa” permanente nos olhos, dificultando tarefas simples, como ler, dirigir ou realizar afazeres cotidianos. A doença é progressiva e, sem o tratamento adequado, pode levar à cegueira. Felizmente, o avanço na tecnologia dos procedimentos cirúrgicos permite reverter esse quadro, restaurando a visão e devolvendo independência aos pacientes.
Embora a catarata seja mais comum em pessoas acima dos 55 anos, fatores como traumas oculares, doenças sistêmicas, diabetes e até mesmo o uso prolongado de medicamentos como corticoides podem contribuir para o seu desenvolvimento. Apesar de existirem colírios e tratamentos que auxiliam temporariamente na acuidade visual, eles não interrompem a progressão da doença. A cirurgia, por sua vez, é a única solução definitiva, com altas taxas de sucesso e benefícios que vão além da visão, incluindo melhorias na saúde mental e na qualidade de vida.
Este artigo é dedicado a quem foi diagnosticado com catarata ou suspeita ter a doença. Aqui, você vai encontrar informações detalhadas sobre como a cirurgia de catarata, especialmente pelo método de facoemulsificação, funciona, quais são os seus benefícios e o que esperar do processo de recuperação. Continue a leitura e descubra como esse procedimento pode transformar vidas. Boa leitura!
Provavelmente, você já ouviu falar sobre a catarata, mas sabe exatamente como ela se desenvolve e impacta a visão? Essa complicação ocular progressiva é uma das principais causas de cegueira no mundo, podendo levar à perda total da visão se não tratada adequadamente. Além disso, sua evolução lenta e silenciosa faz com que muitos pacientes só procurem ajuda médica quando os sintomas já estão avançados, dificultando atividades cotidianas e comprometendo a qualidade de vida.
A catarata ocorre no cristalino, a lente natural dos olhos. Com o tempo, essa estrutura começa a perder sua transparência, tornando-se opaca e turva. Essa opacidade, que pode ser parcial ou total, interfere diretamente na passagem da luz para a retina, resultando em visão embaçada e comprometida. Como consequência, tarefas que antes eram simples, como ler ou reconhecer rostos, tornam-se desafiadoras, prejudicando a independência do paciente.
Embora o envelhecimento seja a principal causa da catarata, outros fatores também podem contribuir para o desenvolvimento da doença. Conhecê-los é essencial para identificar riscos e buscar a prevenção adequada.
Esses fatores destacam a importância de consultas regulares com oftalmologistas, especialmente para pessoas que se enquadram em grupos de risco.
Embora colírios e tratamentos paliativos possam oferecer algum alívio temporário, eles não conseguem reverter a progressão da opacidade do cristalino. Por isso, o tratamento definitivo é a cirurgia de catarata, que remove a lente natural danificada e a substitui por uma lente intraocular artificial. Com técnicas avançadas como a facoemulsificação, esse procedimento tornou-se um dos mais seguros e realizados no mundo, com alta taxa de sucesso.
Hoje, além de restaurar a visão, a cirurgia de catarata pode até corrigir problemas refrativos, como miopia, astigmatismo e presbiopia, por meio do uso de lentes intraoculares personalizadas. Esse avanço tecnológico não apenas devolve a clareza visual, mas também contribui para uma melhor qualidade de vida, permitindo ao paciente retomar suas atividades com confiança e autonomia.
O cristalino é a lente biconvexa do olho, localizada atrás da pupila. Ao se desenvolver, a catarata cria uma espécie de película sob o olho do paciente que, aos poucos, vai de encontro ao centro da retina, tornando a visão turva e embaçada. Esse embaçamento dificulta o alcance dos raios luminosos até a retina, local onde ficam os receptores fotossensíveis da nossa visão.
Com o avanço da doença, a vista fica comprometida tanto para perto quanto para longe. E quanto mais o tempo passa, mais as fibras do cristalino vão perdendo a elasticidade e se tornando enrijecidas. Como o cristalino é responsável por garantir o foco e a nitidez das imagens que chegam até os olhos, o quadro de cegueira aos poucos se instala.
A visão opaca e turva é considerada a principal característica da doença em todo o mundo. Mas, é claro que esses sintomas não são os únicos. Veja alguns dos indícios de que você pode estar com catarata:
No início, a doença tende a apresentar menos sintomas. Assim, alguns dos sintomas citados podem ser um indicativo de progressão. Ao detectar mais de um dos sintomas, procure um oftalmologista!
A catarata é cercada por diversos mitos, e um dos mais comuns é a ideia de que se trata de uma condição contagiosa. No entanto, essa crença não tem qualquer base científica. A catarata não é uma doença infecciosa, ou seja, não pode ser transmitida de uma pessoa para outra por contato físico, compartilhamento de objetos ou proximidade.
Outro equívoco é pensar que a catarata pode “migrar” de um olho para o outro. Embora seja possível que a condição se desenvolva em ambos os olhos, isso ocorre de forma independente e não por transferência de um lado para o outro. A progressão da catarata está ligada a fatores internos, como o envelhecimento ou doenças subjacentes, e não a agentes externos.
Esses mitos, além de causar desinformação, podem atrasar a busca por tratamento adequado, já que muitas pessoas ainda têm dúvidas sobre as causas e os impactos da catarata. A verdade é que a doença é causada principalmente pelo envelhecimento natural do cristalino, mas outros fatores, como traumas oculares, doenças metabólicas e uso de medicamentos, também podem contribuir para seu surgimento.
Desvendar esses mitos é fundamental para aumentar a conscientização sobre a doença e incentivar as pessoas a buscarem informações confiáveis e orientação médica. A catarata é uma condição tratável, e a cirurgia é a única forma eficaz de resolver o problema de forma definitiva. Por isso, ao se deparar com informações questionáveis, é sempre melhor consultar um especialista para esclarecer dúvidas e evitar interpretações erradas.
Sendo uma patologia complexa e bastante ramificada, é natural que a catarata apresente também muitas causas e fatores de risco. Geralmente, a principal causa da catarata é mesmo o envelhecimento natural das células dos olhos. Mas, dependendo de algumas circunstâncias, ela pode surgir antes da velhice.
A hereditariedade é um fator bastante comum e determinante, estando muito presente nos diagnósticos. Porém, não é o único! Diferentes doenças oculares, algumas comorbidades e contato com agentes nocivos também podem desencadear o problema. Veja hábitos e fatores que, ao longo do tempo, acabam comprometendo o cristalino dos seus olhos:
Devido ao envelhecimento é muito comum que o cristalino perca sua transparência. Mas, infelizmente, a catarata pode ser desenvolvida por outros inúmeros fatores, que, pouco a pouco, danificam essa importante parte dos nossos olhos.
Isto é, a opacificação pode se formar por diferentes características, que não estão atreladas a senilidade. Além da Catarata Senil, para a medicina, existem outros 4 tipos de catarata.
Nesse caso, a catarata é uma característica de nascença do portador. Ou seja, a doença também pode se desenvolver em bebês recém-nascidos. Esse tipo costuma não apresentar sintomas e ocorre devido mutações genéticas, alterações nos cromossomos ou em casos de infecções da mãe – ainda no período de gestação – por rubéola, sífilis, toxoplasmose, entre outras.
O consumo materno de álcool e drogas durante a gestação também podem fazer com o bebé nasça com essa complicação. Geralmente, a catarata congênita fica mais evidente partir dos 6 meses de vida. Quanto antes for tratada, maior a qualidade de vida da criança.
Alguns tipos de remédios, quando ingeridos em excesso, podem fazer com que as células e estruturas dos olhos passem por alterações, afetando a acuidade visual do paciente. Antiinflamatórios, esteroides e corticoides usados por longo período são alguns exemplos.
Esse tipo de catarata está muito relacionada com o tipo de vida do portador. Aqui, a doença pode ser consequência de hábitos, mas, também, de doenças correlacionadas. Exemplos para esse tipo são patologias como hipertensão e diabetes, mas, ainda, fatores como obesidade, sedentarismo, tabagismo, consumo de álcool e a realização de alguns tratamentos.
Acidentes ou lesões que geram machucados no cristalino podem desenvolver esse tipo de catarata. O problema costuma ser desencadeado através de lesões penetrantes, contusões, radiações diretas ou até mesmo descargas elétricas. Devido a sua natureza, é natural que esse tipo de catarata ocorra em apenas um dos olhos, aparecendo em qualquer idade ao longo da vida.
Ainda, é possível se aprofundar um pouco mais quanto as derivações da patologia. A área oftalmológica costuma trazer para a avaliação de catarata outras três subcategorias. Nessa desmembração, é levado em consideração o local onde a lesão do cristalino é identificada. Confira:
Subcapsular: a doença se desenvolve na parte posterior do cristalino e é mais comum em pessoas que possuem diabetes ou que ingerem altas doses de esteroides.
Cortical: é caracterizada pela formação de opacidades esbranquiçadas localizadas no córtex do olho. As opacidades se formam na periferia da lente, indo até o centro ocular.
Nuclear: esse tipo acontece sem fatores terceiros especiais, apenas em consequência do próprio envelhecimento (catarata senil). A doença se estabelece no núcleo da lente (zona central).
Independente do tipo de catarata desenvolvido, o tratamento indicado é sempre o mesmo: a cirurgia de catarata. Os fatores que originam a doença são diferentes, mas, as consequências são as mesmas.
A catarata é uma doença que progride de forma lenta, mas, quanto antes for diagnosticada, melhor e mais eficaz será o tratamento. Além de prejudicar a visão, a catarata impacta significativamente a qualidade de vida e a autoestima dos pacientes. À medida que a doença avança, atividades simples como dirigir, praticar exercícios, cuidar da casa, ler e até mesmo caminhar tornam-se cada vez mais difíceis.
Esse impacto não se limita ao aspecto físico. A maioria dos pacientes diagnosticados com catarata são idosos, um grupo já mais vulnerável a questões emocionais. A perda de autonomia, que obriga o paciente a depender constantemente de terceiros para realizar atividades básicas, pode gerar sentimentos de frustração, inutilidade e até isolamento. Com isso, aumenta o risco de desenvolver transtornos como ansiedade e depressão, especialmente em casos em que o diagnóstico é tardio e a visão já está bastante comprometida.
A boa notícia é que o tratamento cirúrgico não apenas restaura a visão, mas também devolve ao paciente a independência e a capacidade de retomar atividades diárias. Isso reflete positivamente na saúde mental, promovendo mais confiança, autoestima e bem-estar. Além disso, em muitos casos, o uso de óculos também pode ser suspenso, dependendo do tipo de lente intraocular utilizada no procedimento, o que contribui ainda mais para a melhora da qualidade de vida.
Cuidar da visão é essencial não apenas para preservar a saúde ocular, mas também para garantir uma saúde mental equilibrada e a independência dos pacientes, promovendo uma vida mais plena e ativa.
Quando se trata de catarata, já está mais do que comprovado que remédios oftalmológicos são apenas medidas paliativas. Atualmente no Brasil, a cirurgia de catarata é um dos procedimentos mais realizados, comprovando o alto índice de pessoas afetadas com essa complicação ocular. A perda das funções do cristalino faz com que essa estrutura precise ser removida.
A cirurgia de catarata envolve métodos delicados, porém muito precisos. O procedimento consiste em aspirar o cristalino danificado e implantar uma lente intraocular (LIO) em seu lugar – que será responsável por desempenhar a função do cristalino. Por falta de informação ou falta visita periódica ao médico, muitos pacientes com catarata têm receio da cirurgia e postergam a sua realização.
Ao contrário do que muitos pensam, o procedimento é seguro, sem riscos e eficiente em seus objetivos. Além disso, atualmente, essa cirurgia já permite não só recuperar a acuidade visual, mas, também, corrigir problemas de refração ocular.
Atualmente, existem diferentes técnicas disponíveis para a realização da cirurgia de catarata. No entanto, a mais moderna é a técnica de Facoemulsificação. O método utiliza de ultrassom para fragmentar o cristalino danificado e, posteriormente, aspirar essas pequenas partículas antes da implantação da prótese artificial.
Esse é um procedimento bastante simples. O cristalino danificado é removido por uma micro incisão de apenas 2,5 mm (que não deixa qualquer cicatriz ocular). Logo após a aspiração, a lente intraocular (LIO) é implantada. Assim que o paciente desperta, ele já pode retornar para casa.
A cirurgia é um tratamento que costuma ser recomendada para todos aqueles que possuem o diagnóstico da doença. Portanto, não existe um momento adequado para que ela possa ser realizada. Mas, dependendo da gravidade do quadro, o procedimento pode ser suspendido até que o quadro evolua. No entanto, é imprescindível o acompanhamento médico para decidir o melhor momento para realizar a cirurgia de catarata.
Mesmo que segura, a cirurgia é um tratamento invasivo – ainda que de baixo grau. Por isso, se a catarata for inicial, o paciente só será recomendado a realizá-la quando a sua qualidade de vida estiver diretamente afetada ou os óculos e lentes de contato já não funcionarem. Em contrapartida, alguns casos exigem que o procedimento seja feito o quanto antes. Pacientes com Catarata Crônica devem ser submetidos à cirurgia de urgência para evitar que as consequências da doença se agravem e perpetuem pelo resto da vida.
Mesmo que o paciente tenha opacificações em ambos os olhos, a cirurgia de catarata só pode ser realizada em um olho de cada vez. O procedimento é considerado rápido, sendo realizado em torno de 30 minutos.
Não, a cirurgia de catarata não dói. Esse é um procedimento cirúrgico indolor e categorizado como simples. Para evitar qualquer desconforto, o médico aplica uma anestesia local no olho do paciente. O anestésico pode ser aplicado em forma de colírio ou gel. Caso qualquer tipo de dor ou desconforto sejam sentidos durante esse processo, o paciente deve avisar seu médico imediatamente.
Como o paciente recebe alta ainda no dia da a cirurgia, toda a sua recuperação é feita no conforto do lar. O operado só precisará dormir no hospital caso a cirurgia termine muito tarde ou aconteça alguma complicação. Quanto mais especializados forem os médicos, menores serão os riscos.
Ainda que seja bastante raro, pode haver pequenas complicações depois do procedimento. Afinal, estamos tratando de uma intervenção cirúrgica. Algumas delas necessitam, inclusive, de uma segunda intervenção operatória para solucionar o problema. Aumento na pressão intraocular, edemas, sensibilidade à luz, inchaço da córnea, deslocamento da retina ou da LIO são alguns exemplos.
Porém, muitos deles são evitados se o paciente seguir a risco as recomendações médicas. Veja os cuidados a serem tomados no pré-operatório e no pós-operatório:
Por mais simples e rápido que seja o procedimento, esse ainda é um procedimento cirúrgico. Para o êxito da operação, o paciente deve seguir as seguintes orientações:
Qualquer anormalidade que ocorra um dia antes ao procedimento deve ser informada aos médicos. No momento da cirurgia, o paciente deve estar acompanhado de um familiar ou amigo que não tenha nenhum compromisso agendado para aquele dia.
Após a operação, a recuperação costuma ser bastante rápida. É comum que nos primeiros momentos o paciente se sinta um pouco “atordoado” devido ao uso de anestesia. As orientações são simples, mas, devem ser seguidas corretamente para evitar qualquer complicação. Veja:
Atenção: A duração específica de cada uma dessas recomendações será estipulada pelo médico, levando em consideração o quadro do paciente. Para auxiliar no tratamento, o uso de antiinflamatórios também pode ser solicitado.
Cada paciente possui as suas peculiaridades. É normal que, principalmente na terceira idade, o portador de catarata tenha também outras doenças oftalmológicas ou comorbidades. As mais comuns são os problemas de refração, como astigmatismo, miopia e hipermetropia.
Mas, graças às tecnologias presentes nas lentes intraoculares, é possível corrigir esses problemas. No entanto, o que irá definir a correção é a escolha certa da LIO. Cada uma delas possui funções bem específicas e escolher a lente errada pode trazer complicações e, ainda, a necessidade de fazer uma nova cirurgia para alteração do implante.
Por isso, a conversa com um médico especializado nessa área é essencial para a escolha correta. Com tantas opções no mercado, o modelo mais adequado será definido após o paciente realizar todos os exames oftalmológicos necessários. Isso irá permitir que o médico confirme as necessidades do paciente.
Depois, uma análise profunda das opções de implante será feita. A melhor lente para a cirurgia de catarata é definida mediante cálculos específicos que analisam o trajeto da luz perante o globo ocular, garantindo o melhor desempenho possível para a visão do portador. É importante lembrar que as lentes intraoculares tendem a variar bastante de um modelo para o outro, indo desde tipos, até fabricantes, formatos e materiais de confecção.
Atualmente, as lentes rígidas saíram de circulação, dando espaço para as lentes flexíveis. Produzidas a partir de um material mais maleável, essa opção apresenta melhor textura e requer uma incisão ainda menor para que seja implantada durante a cirurgia. Os tipos de lente intraocular são:
Monofocal não tórica: com curvatura específica, essa LIO corrige casos de astigmatismo de médio ou alto grau. Assim, é indicada para terminar com a dependência de óculos para longe.
Monofocal tórica: essa lente também trata o astigmatismo, porém o paciente deve ter o problema classificado como grau baixo. Em alguns casos de pós cirurgia, no entanto, o paciente ainda corre o risco de ter que continuar utilizando óculos de grau.
Multifocal tórica: é uma alternativa mais moderna que oferece pontos de foco tanto para longe quanto para perto. Trata ambos os problemas de uma única vez desde que o paciente tenha astigmatismo de grau médio.
Multifocal não tórica: indicada para pacientes com baixo grau de astigmatismo (abaixo de 1), miopia baixa e hipermetropia de até 6 graus. Não possibilita que o uso de óculos de grau seja suspenso.
Atualmente, a lente mais utilizada em cirurgias de catarata segue sendo a Monofocal não tórica. Mas, é normal que exista muita dúvida sobre o assunto.
Estudos apontam que cerca de 80% dos portadores de catarata também possuem astigmatismo em algum nível. Assim, além de conviver com a visão opaca, ocasionada pelo cristalino adoecido, muitos ainda precisam conviver com o auxílio dos óculos de grau ou lentes de contato. Mas, o avanço da medicina permite que essa situação seja corrigida por completo.
Com a escolha correta da lente é possível se livrar dos óculos! No entanto, a lente ideal nesses casos é a lente tórica. Esse tipo de LIO possui uma tecnologia que permite corrigir e anular integralmente o astigmatismo, melhorando a visão. Além de obter mais qualidade de vida, a longo prazo o paciente também irá economizar, já que não vai precisar realizar trocas constantes de óculos de grau. De forma mais específica, a diferença entre tórica monofocal e tórica multifocal é que a monofocal corrige óculos para perto, mas não para longe.
Já a multifocal corrige ambas as distâncias. A multifocal não tórica é indicada para astigmatismos de baixo grau, também corrigindo dificuldades para ver de perto e de longe.
Estima-se que 98% dos pacientes que fizeram o procedimento conseguiram se livrar do uso dos óculos de grau. Mas, atenção: a cirurgia de catarata, por si só, não trata o astigmatismo. O que permite essa autonomia é a lente adequada. Como já mencionado, para concluir a necessidade de usar essa lente, é necessário que exames específicos sejam realizados.
Como qualquer doença, o paciente pode ter astigmatismo e, por fata de diagnóstico, não ter conhecimento. É importante saber que o portador dessa doença possui uma visão borrada e imperfeita para perto e para longe, perdendo a nitidez de contrastes e linhas.
Enquanto a pessoa sem astigmatismo possui as estruturas da córnea do cristalino regulares e arredondadas, o portador da doença tem as estruturas irregulares e ovaladas. A condição altera a forma como os raios de luz chegam até o fundo dos olhos. Por ser evolutiva, a doença pode ser classificada como de baixo, médio ou alto grau.
Outra patologia ocular que tem uma ligação direta com a catarata é a Síndrome do Olho Seco. Estudos clínicos apontam que cerca de 80% dos pacientes com catarata também possuem alguns dos sinais desse distúrbio. A Síndrome do Olho Seco é uma condição ocular causada por uma alteração na produção de filme lacrimal do paciente.
Os seus principais sintomas são visão borrada, ardência, lacrimejamento e sensação de ter um corpo estranho nos olhos. Muitos portadores diagnosticados com catarata, no entanto, podem não saber que possuem essa complicação. Esse é mais um motivo para que o oftalmologista seja procurado, especialmente se você tem interesse em realizar a cirurgia de catarata.
Não tratar a Síndrome do Olho Seco e operar mesmo assim pode comprometer os resultados do procedimento. Mas, a parte positiva é que esse tratamento dura em torno de seis meses apenas. O tratamento da síndrome pode variar de caso para caso. Mas, algumas das opções variam entre:
Antes de realizar a cirurgia, o indicado é passar por uma completa avaliação pré-operatória chamada Anamnese. O médico irá investigar possíveis alterações na saúde ocular do paciente que possam afetar o resultado da cirurgia. Esse é um processo minucioso, que analisa o histórico ocular, sendo complementado com outros exames oculares específicos.
Todos os cuidados são fundamentais, uma vez que ninguém está livre de passar por complicações após o tratamento para catarata. Mas, é importante esclarecer alguns pontos que costumam deixar os pacientes nervosos. Infelizmente, existem muitos fatos distorcidos sobre a catarata.
Os principais deles dizem respeito à cirurgia em si. Uma falácia grave é afirmar que, após a realização da operação, a catarata pode retornar. No entanto, uma vez que o cristalino é removido, não há meios para que a doença se desenvolva novamente. Ou seja, após a cirurgia, a catarata não volta a dar sinais.
Assim, o principal tipo de complicação que pode ocorrer é a opacificação da cápsula posterior do olho. O problema é registrado em apenas alguns casos após a cirurgia.
A opacificação da cápsula posterior é uma complicação considerada comum e que não oferece riscos para o paciente. Porém, esse transtorno é raro e acomete apenas uma parte dos pacientes que realizam a cirurgia de catarata. Por motivos naturais do próprio organismo, pode ocorrer da lente intraocular inserida acumular resíduos.
A situação não se trata de um erro cirúrgico. Mas, de qualquer maneira, a opacificação não deixa de ser desagradável, já que o paciente volta a perceber um leve turvamento (ou mancha) na visão. Além disso, o problema pode desencadear nervosismo no paciente, já que muitos acreditam que a doença retornou.
Mas isso é um equívoco! Ao perceber a complicação, o paciente deve permanecer calmo e procurar o seu oftalmologista! Solucionar o problema é bastante simples. Pequenos procedimentos de limpeza permitem que a lente e visão voltem ao estado normal.
Limpar a lente intraocular é simples, seguro e indolor. Através do procedimento moderno, chamado Capsulotomia YAG Laser, qualquer opacificação remanescente pode ser removida. Durante o procedimento, realizado diretamente em consultório ou clínica oftalmológica, a pupila do paciente é dilatada e, através de uma micro abertura na cápsula, permite-se que a luz volte a alcançar totalmente a retina.
Assim, de forma simples, a nitidez da visão é recuperada por completo. Além de ser altamente eficaz para esses casos, o procedimento usa de baixas energias de YAG Laser para concluir a intervenção. Como é necessário que a pupila seja dilatada, a única recomendação é que no dia da sessão o paciente vá ao consultório acompanhado de uma pessoa de sua confiança.
A limpeza, no entanto, nem sempre é feita em uma única sessão. A quantidade necessária de sessões será definida pelo médico.
A visão é considerada por muitos o nosso sentido mais importante. Além disso, ela está diretamente relacionada com a nossa qualidade de vida. Por isso, não negligencie a sua saúde ocular! O recomendado é que a partir dos 40 anos qualquer paciente realize o exame de fundo de olho anualmente para investigar alterações ou evitar a progressão de doenças como a catarata.
Além de atender consultas oftalmológicas, a NeoOftalmo também realiza exames e cirurgias, atendendo 15 planos de saúde bastante populares no mercado. Conte com uma equipe especializada e preparada para atender você!
As lentes de contato são a principal alternativa ao uso do óculos de grau. Além…
A cirurgia de catarata é um procedimento oftalmológico essencial, pois ajuda milhões de pessoas a…
O exame de biometria óptica é um dos passos mais importantes antes de cirurgias oculares.…
Com sol, flores e boas temperaturas, a primavera é a estação do ano preferida de…
A catarata é uma condição que afeta milhões de pessoas ao redor do mundo, sendo…
O exame de angiofluoresceinografia não é tão conhecido da população em geral devido à dificuldade…
Este site usa cookies e serviços de terceiros. Ao clicar em "ACEITAR" você confirma que está de acordo com nossa Política de Privacidade