O glaucoma é a principal causa de cegueira irreversível do mundo e, segundo a Organização Mundial da Saúde, afeta quase 1 milhão de brasileiros. Portanto, é importante conhecer os fatores de risco para a doença, bem como as formas de evitar sua progressão. Nesse sentido, muito se estuda sobre a alimentação para portadores de glaucoma, a fim de avaliar se mudanças no estilo de vida podem evitar o surgimento da doença ou alterar seu curso.
O que é glaucoma?
O glaucoma é uma doença causada pelo aumento da pressão intraocular, que gera danos progressivos ao nervo óptico, levando a cegueira irreversível. Ele pode ser categorizado em diversos tipos, sendo que o glaucoma crônico simples (de ângulo aberto) corresponde a cerca de 80% dos casos e é mais comum em pessoas acima dos 40 anos, podendo ser assintomático por muito tempo.
Os outros tipos de glaucoma incluem o glaucoma congênito (identificado no recém-nascido) e o glaucoma secundário, que surge em decorrência de outras doenças prévias, como diabetes, hipertensão arterial sistêmica, uveíte e catarata.
A importância do estilo de vida
Dado que o glaucoma pode surgir em decorrência de doenças metabólicas, a adoção de um melhor estilo de vida é uma das formas de evitar o aumento da pressão intraocular. Assim, recomendam-se hábitos de vida que reduzam o estresse, como caminhadas, e um melhor equilíbrio nutricional.
Alimentação para portadores de glaucoma
Os hábitos de vida mais saudáveis incluem uma adequação da alimentação para portadores de glaucoma. Embora não haja nenhuma prova científica de que alterações dietéticas de fato previnam ou reduzam a progressão do glaucoma, alguns estudos indicam uma associação entre menor risco de glaucoma e uma dieta mais balanceada.
Um estudo publicado em 2019 na JAMA Ophtalmology, por exemplo, indica que uma dieta mais balanceada — incluindo vegetais de folhas verdes, alimentos ricos em ômega-3 e ômega-6 e consumo moderado de chás quentes —, são medidas que podem ser protetivas na alimentação para portadores de glaucoma.
Resumidamente, esse estudo orienta:
- Reduzir o consumo crônico e abusivo de álcool;
- Manter um IMC entre 20 e 25 kg/m²;
- Reduzir o consumo de cafeína;
- Aumentar o consumo de alimentos ricos em ômega-3 e ômega-6.
Além disso, há também a possibilidade de que os flavonoides (substância presente em alguns chocolates e no vinho) tenham efeito protetivo.
Porém, é importante ficar claro que essas indicações não foram comprovadas cientificamente, mas têm forte relação associativa com pessoas que não desenvolvem glaucoma. Assim, espera-se que nos próximos anos haja mais investigações e pesquisas nesse campo.
Também é importante lembrar que a ingesta de alimentos e nutrientes deve ser cuidadosa, visto que algumas vitaminas e substâncias podem se acumular no organismo e causar mais danos do que benefícios. Portanto, a alimentação para portadores de glaucoma deve ser guiada por profissionais da saúde, preferencialmente por um nutricionista em associação com o oftalmologista.
Manter os exames em dia é essencial
Para diagnosticar o glaucoma, é importante manter os exames oftalmológicos em dia, principalmente em pessoas com mais de 35 anos, hipertensos, nefropatas, diabéticos e em vigência de histórico familiar positivo.
Os exames mais importantes para o diagnóstico do glaucoma são:
- Tomografia de Coerência Óptica (OCT) traz estudo detalhado da pupila e das camadas de fibras ópticas dos olhos;
- Mapeamento da córnea com uso do Pentacam;
- Gonioscopia para identificar o tipo de glaucoma;
- Retinografia permite analisar a progressão da doença;
- Campimetria para avaliar o grau do glaucoma e danos ao nervo óptico;
- Medição pontual da pressão intraocular por Tonometria;
- Medição da pressão intraocular ao longo do dia, gerando uma Curva Tensional.
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