A catarata é uma doença de alta incidência entre a população e geralmente está associada com a terceira idade. Mas, infelizmente, esse tipo de doença não é uma realidade somente dos idosos. A catarata congênita é uma derivação da patologia que afeta bebês e crianças. Apesar de ser mais rara, esta condição pode comprometer a vida dos pequenos como um todo. Nestes casos, o diagnóstico precoce é ainda mais urgente para que a criança possa crescer sem limitações e de maneira inclusiva. Saiba tudo sobre a catarata congênita!
O que é catarata congênita?
A catarata é uma doença desenvolvida em decorrência de lesões que acometem o cristalino (lente natural do olho, responsável pela captação de luz). Progressivamente, a condição leva à opacificação e turvamento da região, afetando nitidez visual e qualidade de vida do indivíduo.
Em quadros congênitos, o bebê já nasce com o cristalino lesionado ou desenvolve a doença nos primeiros anos de vida. Com a progressão, a criança pode apresentar distorções visuais e até cegueira.
Quais são as causas da catarata congênita?
As lesões podem derivar de diferentes condições enfrentadas pelo paciente. No caso da catarata congênita, geralmente o que dá origem ao problema são heranças trazidas pela mãe ou gestão. Por isso, são causas:
Condições hereditárias
Doenças genéticas e cromossômicas, como a Síndrome de Down, contribuem para o quadro.
Quadros infecciosos
O bebê também pode contrair infecções no útero. Casos de rubéola e toxoplasmose na gestão costumam ser uma das principais causas.
Distúrbios metabólicos
Distúrbios como galactosemia e o citomega vírus também prejudicam a formação do feto.
Drogas e tabagismo
Mães que usam drogas, álcool e possuem hábito de fumar também aumentam a probabilidade da doença.
Tipos de catarata congênita
A catarata congênita pode ser parcial ou afetar ambos os olhos. Os quadros variam, geralmente, conforme as causas da doença. Existem quatro tipos da enfermidade:
Catarata polar anterior
Desenvolvida na parte frontal do cristalino, geralmente é causada por herança genética e não costuma exigir cirurgia.
Catarata polar posterior
Neste caso, a opacificação se desenvolve na parte posterior do cristalino.
Catarata nuclear
É o tipo mais comum, ocorrendo no centro do cristalino.
Catarata cerúlea
Surge como pequenos pontos azulados no cristalino e costuma afetar ambos os olhos. A origem é genética, mas a sua severidade é baixa.
Sintomas da catarata congênita
Todos os tipos de catarata apresentam os mesmos sintomas. Porém, por se tratar de crianças, a congênita exige maior atenção. É importante analisar se o bebê apresenta ausência de fixação ocular, dificuldades para pegar objetos e dificuldades para ver. Fora isso, os principais sintomas são:
- Alteração na cor dos olhos
- Alteração nos movimentos táteis
- Estrabismo
- Olhar opacificado
- Movimentos involuntários
- Sensibilidade à luz
- Visão embaçada
Catarata congênita: O diagnóstico precoce é essencial!
Quanto antes a doença for descoberta, mais qualidade de vida a criança terá! O teste do olhinho e o TRV (teste do reflexo vermelho) são exames que examinam os olhos mapeando e diagnosticando qualquer alteração ou anomalia. Por isso, devem ser realizados ainda no berçário, em 72h, ou nas primeiras consultas oftalmológicas.
Além do diagnóstico precoce, é importante ressaltar que a doença pode ser prevenida. Para isso, as mães devem fazer o pré-natal corretamente, realizar exames de identificação de infecções, se imunizar contra a rubéola e adotar hábitos saudáveis na gestação.
Tratamento de catarata congênita na NeoOftalmo
A cirurgia de catarata é o tratamento mais recomendado, independentemente da idade. O procedimento é rápido, seguro e recupera a acuidade visual por completo. Em alguns casos, a operação precoce é essencial para não comprometer a infância do portador.
Entretanto, a intervenção costuma ser recomendada a partir dos 4 anos. Enquanto isso, tratamentos complementares com colírios e medicamentos podem ser prescritos. Uma consulta especializada com a NeoOftalmo indicará o melhor tratamento. Agende um horário!