O glaucoma pode causar cegueira irreversível e, por isso, está entre as doenças oculares consideradas de maior gravidade. Conviver com o quadro sem o devido tratamento pode ser doloroso e bastante incomodo!
Além dos sintomas específicos, com o passar do tempo, a visão periférica do portador fica cada vez mais prejudicada, impactando diretamente na qualidade de vida. Por ser uma doença progressiva, o glaucoma não apresenta cura.
Mas, seguindo o devido tratamento, é possível evitar o avanço da doença e levar uma vida normal. Veja como!
O que é glaucoma?
O glaucoma é uma doença ocular progressiva ocasionada por lesões que acometem o nervo óptico. A pressão intraocular é apontada como o principal fator culminante para o desenvolvimento dessa complicação.
Porém, esse aumento de pressão pode ser ocasionado por diferentes motivos. Complexo, o glaucoma existe em variados tipos, podendo ser classificado em:
- Glaucoma de ângulo aberto: é o tipo mais comum, representando 80% dos casos. Nesse caso, a progressão da doença ocorre de forma lenta. Se trata de uma alteração anatômica no ângulo da câmera anterior – motivo que impede o escoamento do líquido aquoso, aumentando a pressão intraocular.
- Glaucoma de ângulo fechado: essa derivação é bastante semelhante a anterior. A diferença entre ambas é que, ao contrário do glaucoma de ângulo aberto, o de ângulo fechado apresenta aumento súbito da pressão. É a variante mais agressiva da doença.
- Glaucoma secundário: esse tipo de glaucoma surge a partir de outras enfermidades, como diabetes, catarata e uveíte. As patologias também aumentam a pressão intraocular.
- Glaucoma congênito: o também chamado glaucoma infantil acompanha a criança desde o nascimento. É uma condição rara, caracterizada pela má-formação do trabeculado, que começa desde o útero materno. A condição pode ser diagnosticada pelo teste do olhinho.
Os principais sintomas da doença
Como muitas doenças oculares de alta gravidade, o glaucoma é inicialmente assintomático. Geralmente, acomete pacientes com mais de 40 anos e, conforme o quadro evolui, o paciente começa a conviver com intensos desconfortos, dores e problemas na visão.
Confira alguns indícios de que doença está progredindo:
- Ardência nos olhos;
- Dificuldades para enxergar;
- Dores de cabeça intensas;
- Perda visual (em estágios avançados);
- Vermelhidão ocular;
- Visão tubular (perda da visão periférica).
O glaucoma pode causar cegueira?
Sim, o glaucoma pode causar cegueira! Inclusive, o glaucoma é a principal causa de cegueira irreversível no mundo. A progressão da doença implica a chamada “visão tubular”, condição que diminui gradativamente o campo de visão do portador.
Com o tempo, sem o devido tratamento, a capacidade de enxergar se perde por completo. Infelizmente, não existe cura para esse quadro. Uma vez que a lesão danifica o nervo óptico, é impossível revertê-la.
Como é feito o diagnóstico do glaucoma?
A identificação da doença é feita, primeiramente, através de uma análise clínica profunda a partir dos sintomas relatados pelo paciente, ou através das consultas de rotina, caso não sejam percebidos sintomas. Depois, exames oftalmológicos específicos confirmam o diagnóstico e apontam o estágio da doença.
O procedimento mais indicado para a detecção do glaucoma é o mapeamento da retina, também conhecido como exame de fundo de olho. Com ele, é possível identificar as lesões derivadas do glaucoma. Para isso, o exame utiliza um oftalmoscópio que avalia a região projetando uma luz no fundo dos olhos.
A importância da adesão ao tratamento
Não tem jeito, sem o tratamento adequado, o paciente evidentemente ficará cego! Por isso, é fundamental que todas as recomendações médicas sejam seguidas diariamente. O uso de colírios é o tratamento mais comum. Dependendo do tipo de glaucoma, é possível unir o uso de colírios com medicamentos de via oral.
A cirurgia de glaucoma (trabeculectomia) é outra possibilidade. Mas, a operação é recomendada apenas em último caso, quando os demais tratamentos já não surtem o efeito esperado.
Agende a sua consulta!
O controle da pressão intraocular depende unicamente do paciente. Além do uso adequado dos colírios prescritos, o retorno periódico ao oftalmologista é fundamental. Entre em contato com a NeoOftalmo!