A catarata é uma das mais comuns doenças oftalmológicas e é caracterizada pela distorção de imagens e até mesmo pela cegueira irreversível, em casos mais agravados. Existem, atualmente, mais de 18 milhões de cegos no mundo, em decorrência dessa patologia. Mas, a cirurgia de catarata é a única forma de tratamento?
Após o diagnóstico da doença, existe um momento ideal para que a cirurgia de catarata possa ser feita?
Antigamente, a cirurgia era uma alternativa apenas para pacientes que se encontravam em estágio avançado. Porém, atualmente, o procedimento é indicado para todos pacientes que sentem a visão prejudicada pela doença. Sendo assim, o quanto antes operar, melhor.
O que é catarata?
Catarata é uma opacidade do cristalino (lente natural dos olhos) que dificulta a entrada de luz e a produção de imagens no fundo dos olhos. O cristalino é responsável por dar foco e nitidez às imagens, portanto, quando afetado, pode prejudicar a visão. Geralmente, a doença irá se desenvolver de maneira lenta, porém, progressiva.
Existe idade para ter catarata?
Não. Ao contrário do que muitas pessoas pensam, a doença não acomete apenas os idosos. A catarata costuma se formar a partir do acúmulo de substâncias indevidas na região do cristalino. Por isso, crianças podem nascer com catarata congênita, por exemplo.
Além disso, é possível o desenvolvimento em pessoas com qualquer idade e por fatores diversos, como: doenças sistêmicas, diabetes, uso de medicamentos ou algum trauma ocular.
Catarata é hereditário?
Depende do caso. A catarata congênita pode ser hereditária. Já a catarata senil (que afeta o público a cima de 60 anos de idade), não é hereditária.
A cirurgia de catarata é a única forma de tratamento?
Sim. O uso de lentes, óculos e colírios não são eficazes. Uma vez que o diagnóstico da catarata é realizado, a única forma de recuperar a acuidade da visão é através da cirurgia. O procedimento remove o cristalino lesionado e implanta uma lente intraocular que irá desempenhar o mesmo papel.
O olho é anestesiado através de injeção ou utilizando de colírio anestésico. Logo após, microincisões são realizadas no globo ocular para a remoção do cristalino. Por fim, a lente é introduzida.
Os tipos de cirurgia de catarata
Uma avaliação oftalmológica é fundamental antes da decisão de realizar a cirurgia. Afinal, existem quatro variações de lentes que podem ser utilizadas durante o procedimento. A intervenção correta deve ser escolhida com acompanhamento médico, de acordo com as necessidades de cada paciente.
- Monofocal – Corrige apenas um foco visual, ou o foco de perto ou o foco de longe;
- Multifocal – Corrige a visão de perto, a visão intermediária e a de longe;
- Lente tórica – Pode ser tanto monofocal quanto multifocal, porém, tem por objetivo corrigir também o astigmatismo;
- Lente pseudoacomodativa – Simulação da acomodação natural do cristalino. Corrige a visão de longe, visão intermediária e de perto, através de lentes de alta tecnologia.
Recuperação e cuidados do pós-operatório
O paciente pode retornar para casa ainda no mesmo dia, logo após o procedimento. As atividades normais, geralmente, podem ser realizadas dentro de uma semana. Porém, alguns cuidados devem ser seguidos:
- Não realize esforço físico durante 7 dias;
- Não durma com o lado do olho operado para baixo;
- Não mexa a cabeça abruptamente;
- Use o colírio recomendado da forma devida.
Como evitar a catarata
Mesmo que o envelhecimento contribua para a catarata, existem algumas formas de prevenir a doença. A principal é evitar a exposição excessiva à radiação solar. Por isso, o uso de óculos de sol se torna fundamental. Outros hábitos que contribuem:
- Alimentação rica em vegetais e vitamina A
- Prática de exercícios físicos
- Atenção redobrada ao uso de medicamentos;
- Evitar cigarro e álcool;
- Sono entre 7 e 8 horas.
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