O envelhecimento é acompanhado de diversas mudanças e até mesmo complicações ao longo dos anos. A região dos olhos, infelizmente, é uma das mais suscetíveis ao surgimento de doenças, como é o caso do glaucoma e da famosa catarata. Porém, várias outras complicações consideradas comuns podem aparecer na terceira idade. Um bom exemplo é o arco senil, um anel branco, azulado ou acinzentado que surge em volta da córnea.
Apesar de ser uma condição natural, esse tipo de complicação oferece tratamento. Saiba mais!
O arco senil é uma alteração ocular formada pelo acúmulo de lipídios (gordura) na periferia da córnea, que normalmente aparece a partir dos 60 anos de idade. O desenvolvimento do quadro começa como uma mudança de cor na parte inferior e superior da córnea.
Mas a tendência é que as partes se conectem e formem um anel completo azulado, esbranquiçado ou acinzentado. De fora, pode parecer que a mudança íris (parte colorida dos olhos) tem duas cores diferentes. Mas na realidade é a córnea – normalmente transparente – que sofre descoloração.
Em meio ao processo de envelhecimento, a complicação é vista como natural e extremamente comum entre idosos com mais de 80 anos.
Muitos idosos, ao se depararem com o arco senil acabam ficando assustados e até acham que vão ficar cegos. Por isso, é importante entender como e porque surge o problema. O arco senil é resultado do depósito de gordura na região ocular.
Sendo assim, entre as causas mais comuns estão: o aumento no nível de colesterol, triglicerídeos ou fosfolipídios; e o fato de que, na terceira idade, os vasos sanguíneos dos olhos tendem a ser mais largos, facilitando o acúmulo de gordura.
É importante saber que, além das alterações estéticas, o arco senil não afeta a acuidade visual e não causa dores ou incômodos. No entanto, ele pode ser um alerta para doenças graves, como síndromes metabólicas e o aumento da taxa de colesterol.
Mesmo sem sintomas físicos, o arco senil pode ser identificado através de três principais características:
O arco senil é uma complicação totalmente visível aos olhos. Portanto, o diagnóstico pode ser dado pelo oftalmologista apenas ao observar o paciente durante uma consulta. Ainda assim, um procedimento de análise microscópica deve complementar o quadro. Neste caso, realiza-se o exame de lâmpada de fenda.
Esse procedimento simples é muito usado pela oftalmologia pois permite avaliar os olhos em detalhes, desde o nervo óptico até a córnea. Através de um microscópio grande, as células e estruturas dos olhos são observadas.
Através do exame é possível realizar a documentação fotográfica e filmagem para diagnóstico e acompanhamento. No caso do arco senil, é possível ainda constatar se o colesterol está com níveis alterados.
A doença, por si só, não exige um tratamento específico. Porém, caso o diagnóstico esteja relacionado com aumento na taxa de colesterol, o paciente precisará passar por mudanças em seus hábitos de vida, adotando prática de exercícios físicos regularmente e dietas equilibradas.
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